Nós cidadãos: Somos os prisioneiros da falta de Segurança Pública

16/10/2013 13:03

As autoridades da Segurança Pública investigam a informação de que, pelo menos, 120 integrantes da facção criminosa paulista Primeiro Comando da Capital (PCC) teriam atuado ou estariam agindo no nosso estado. Oficialmente não foi anunciada nenhuma operação ou ação sobre o fato.Investigações feitas pela Polícia Civil e pelo Ministério Público de São Paulo indicam a presença de membros do bando no Nordeste e o Ceará seria um dos Estados ´alvos´ da organização ligada a assaltos a bancos, sequestros, fuga em presídios e corrupção de agentes públicos.

 

A atuação do PCC no Ceará

A presença de membros do PCC e de outras organizações criminosas do Sudeste no Ceará, contudo, não é novidade. Nos últimos anos, vários membros da facção foram localizados aqui, entre eles, foragidos do Rio de Janeiro e São Paulo.

Teve passagem pelo Ceará o homem que é conhecido como chefe do PCC. Trata-se de Marcos Willians Herbas Camacho, o ´Marcola´, que, em fevereiro de 2000, comandou o ataque à empresa Nordeste Segurança, em Caucaia, de onde foi roubada a quantia de R$ 1,3 milhão.

 

A atuação do PCC em São Paulo

Segundo informações do Jornal O Estadão, veiculado no dia (15), o PCC  prepara novos ataques caso a cúpula seja transferida para o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) da Penitenciária de Presidente Bernardes, no interior de São Paulo. Diante das novas ameaças do bando, o comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, coronel Benedito Roberto Meira, pôs a corporação em estado de alerta.

As novas ordens do crime surgiram depois de a defesa de criminosos como o Marcola, o “chefão do PCC”, ter acesso aos detalhes da megainvestigação realizada por três anos contra o crime organizado. Grande parte do mapeamento das ações do PCC foi feito com a colaboração de PMs.

Marcola e os demais integrantes da Sintonia Final Geral escolheram substitutos que devem assumir os negócios da organização criminosa. Tudo isso para que o tráfico de drogas não seja prejudicado.

Em caso de intervenção do Grupo de Intervenção Rápida (GIR), da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) ou da Tropa de Choque, os detentos da facção pretendem começar atentados nas ruas de São Paulo.

 

Ameaças

As ameaças da facção se estendem a 2014, quando os bandidos prometem uma "Copa do Mundo do terror" e ataques nas eleições.

 

 E as medidas para solucionar ou amenizar os problemas do crime organizado no Brasil?

Segundo Moisés Naim, autor argentino do livro “Ilícitos”, a globalização trouxe para o mundo de hoje cinco guerras: tráfico de drogas, tráfico de armas, apropriação ilícita do conhecimento, tráfico de humanos e lavagem de dinheiro. Essas guerras apareceram devido à organização do crime. Segundo o coronel do Exército Brasileiro, Jori Dolvim Dantas, especialista em segurança pública, cuja linha de pesquisa abrange principalmente as convulsões sociais como terrorismo, crime organizado e violência urbana, em entrevista concedida a Revista Phoenix Magazine, a medida depende exclusivamente da vontade do governo, pois, estratégias e recursos para a prevenção e redução do tráfico de drogas o País tem. Seria bastante adotar ações como as seguintes: ocupar e controlar as fronteiras do Brasil em operações conjuntas de vários órgãos estatais (Exército, Polícias, Judiciário, Receita Federal e outros); controlar rigidamente portos, aeroportos, rodovias e vias fluviais, sabidamente rotas do narcotráfico; atuar nas comunidades que abrigam traficantes, assistindo-as com ações sociais e controlando os acessos a elas com as polícias; empregar as Forças Armadas em áreas urbanas somente quando for decretado estado de defesa ou de sítio; interditar as conexões entre líderes encarcerados e membros da facção em liberdade; proteger juízes e seus familiares das ameaças; dificultar a concessão de benefícios a chefes do crime por descuido do Estado no andamento dos processos de investigação ou de instrução penal.

 

Fonte: Assessoria de Comunicação do SINDVIGILANTES com informações da Revista Phoenix, Jornal Diário do Nordeste e Jornal O Estadão.

Vivian Sales