Segurança cria ´cinturão´ para conter altas taxas de homicídios na Capital

30/09/2013 16:47

Bairros que concentram os maiores índices de homicídios terão uma ação prioritária da Secretaria da Segurança

A criação de um ´Cinturão Vermelho´ para o enfrentamento aos altos índices de crimes de morte foi anunciado pelo novo secretário da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), delegado federal Servilho Silva Paiva, como estratégia para a redução da violência na Grande Fortaleza. O ´cinturão´, seria formado pelas áreas onde, prioritariamente, as polícias Civil e Militar vão atuar com mais intensidade em busca dos matadores.

Levantamentos feito pelo Diário do Nordeste, com base nas estatísticas da própria SSPDS, revelaram que em 17 bairros da Capital estão concentradas as maiores taxas de mortes violentas, fruto da ação de traficantes e suas quadrilhas armadas. São áreas já bastante conhecidas da Polícia e onde os indicadores sociais são baixíssimos, com poucos investimentos por parte da administração pública. Nestes bairros periféricos, o tráfico aumenta à medida em que a crianças, adolescente e jovens têm poucas oportunidades de trabalho, educação, cultura e lazer.

Os bairros que concentram os maiores índices de mortes violentas (homicídios) já frequentam essa estatística há anos, e, mesmo assim, a situação em cada um deles parece não mudar.

No Jangurussu, por exemplo, nada menos que 46 pessoas foram assassinadas neste ano, entre os meses de janeiro e agosto. Em seguida, aparece no ´ranking´ o Pici, com 40 homicídios. Depois, na sequência, estão: Barra do Ceará (37 assassinatos), Bom Jardim (também 37), Mondubim (36), Vila Velha (35), Vicente Pinzón (35), Passaré (34), Genibaú (33), Messejana (30), Alagadiço Novo (28), Jardim Iracema (24), Planalto Ayrton Senna (21), Barroso (20), Siqueira (20) e o Pirambu (17 crimes de morte).

Em comunidades carentes e populosas, como o Grande Jangurussu, que abrange vários bairros e conjuntos residenciais como o Palmeiras, São Cristóvão e Almirante Tamandaré, a Polícia Militar tem enfrentado o avanço da criminalidade, com bandidos cada vez mais ousados e bem armados. Chama a atenção das autoridades o arsenal que os criminosos vêm conseguindo obter para seus grupos que atuam como braço armado do tráfico.

 

Diário do Nordeste - 30/09